Dia dos Povos Originários é celebrado com apresentação cultural na Amei Rei Pelé, em São Vicente
Alunos do 4º e 5º anos participaram de atividades interdisciplinares para homenagear a resistência indígena

A quadra da Amei Rei Pelé, localizada no bairro Samaritá, em São Vicente, foi palco de uma emocionante celebração nesta terça-feira (22), em homenagem ao Dia dos Povos Originários. A data, marcada por significados históricos e sociais, foi celebrada com dança, encenação, práticas esportivas tradicionais e exposições culturais, reunindo alunos dos 4º e 5º anos em uma grande performance que destacou a resistência indígena ao longo dos 525 anos desde a chegada dos portugueses ao Brasil.
Mais do que uma comemoração, a ação foi um momento de reconhecimento e valorização das culturas indígenas. “A ideia não é celebrar uma data, mas reforçar a resistência dos povos originários, que são os verdadeiros habitantes daqui”, destacou Regina Davino Rizzo, diretora da unidade escolar de tempo integral.
Projeto interdisciplinar
Idealizada pela professora de educação física Laudicea Guglielmetti, a atividade envolveu todas as docentes em um trabalho interdisciplinar. Os alunos estudaram práticas corporais, arte, culinária, vocabulário indígena e história, incorporando elementos dos povos originários ao currículo escolar de forma prática e reflexiva.
Vozes dos alunos
Para a aluna do 5º ano Luiza Ferreira de Andrade, a experiência foi transformadora. “Aprendi muitas coisas sobre a cultura indígena, como brincadeiras, palavras e até receitas. É importante conhecer nossas origens”, afirmou.
A estudante Maya Pimentel, de 10 anos, fez um discurso de abertura destacando a importância do momento. “É uma oportunidade para valorizar as tradições que fazem parte da nossa identidade, mas também de refletir sobre os desafios que os povos indígenas ainda enfrentam nos dias atuais”, pontuou.
Exposição literária e cultural
O evento também contou com uma exposição de autores indígenas e informações sobre tribos das cinco regiões do Brasil. Obras como Infância na Aldeia (Márcia Wayna Kambeba), Tuiupé e o Maracá Mágico (Auritha Tabajara), Vó Coruja e Coisas de Índio (Daniel Munduruku), além de Três Curumins (Yaguarê Yamã), estiveram em destaque, ampliando o acesso dos alunos à literatura indígena contemporânea.
A iniciativa reforça o compromisso da escola com a educação inclusiva e cidadã, valorizando a história e a contribuição dos povos originários na formação da identidade nacional.
Fonte: Prefeitura de São Vicente